Tratamentos com radiofrequência: qual a temperatura ideal para cada um?

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Toda esteticista sabe o quão importante é ter tratamentos com radiofrequência em suas clínicas. Afinal, a tecnologia tem se mostrado cada vez mais precisa em seus resultados.

Se você é esta profissional ou está em busca de potencializar os resultados de seus tratamentos, já deve ter se questionado a respeito de qual é a temperatura ideal para cada tratamento com RF.

Embora a técnica não seja invasiva, é necessário saber a temperatura mais adequada, a fim evitar um superaquecimento do tecido e, consequentemente, um efeito rebote.

Foi com isso em mente que a rentalmed resolveu esclarecer de uma vez por todas algumas dúvidas sobre tratamentos com radiofrequência — especialmente as relacionadas com a questão da temperatura.

Acompanhe!

Como a radiofrequência atua

A radiofrequência é um procedimento que trabalha com a agitação das moléculas, gerando calor e aquecendo o tecido biológico com temperaturas que podem variar de 37 a 42°C.

Este aquecimento é feito para provocar a neocolagênese, isto é, o estímulo ao surgimento de novas fibras de colágeno, que, por sua vez, melhoram o tônus da pele. 

A aplicação da radiofrequência aumenta a circulação sanguínea, a vasodilatação e a produção de colágeno e elastina. É altamente eficaz nos tratamentos de flacidez, celulite fibrótica, gordura localizada, fibroses e aderências.

As altas temperaturas nos tratamentos com radiofrequência

Temperaturas abaixo de 37°C não geram lesão térmica, ou seja, não causam inflamação e sim aumento do metabolismo local. 38ºC provocam um aquecimento inicial, indicado para o estímulo de colágeno.

Porém, quando falamos de temperaturas superiores às mencionadas, é necessário ter cuidado e atenção com o objetivo do tratamento, pois altas temperaturas desencadeiam uma inflamação com processo de cicatrização em efeito cascata.

E o que seria esse efeito? A sequência é assim: as altas temperaturas causam uma inflamação, seguida da proliferação de fibroblastos, depois produção de colágeno e, por último, o remodelamento desse colágeno.

Essas fases possuem um ciclo de reparação tecidual com cerca de 28 a 30 dias.

Agora que você já entendeu sobre o mecanismo da radiofrequência vamos direto ao ponto. Quais são as temperaturas ideais?

Quais temperaturas usar nos tratamentos com radiofrequência?

Quando falamos de temperatura, é importante ressaltar que a cada procedimento é necessário monitorar a temperatura da região a ser tratada e, assim, garantir que nenhuma pele passe dos 42° — o que geraria queimaduras e degradação da proteína do órgão.

Para saber como garantir que esses problemas não aconteçam, veja as indicações de temperatura abaixo.

Flacidez tissular – 38° a 42°

Neste procedimento a RF estimula a retração das fibras e gera uma inflamação controlada. Nos tratamentos faciais pode ser aplicada em toda a face e nas laterais do pescoço, mas nunca na região onde se encontra a tireoide, pois esta não pode receber estímulo quente ou frio.

A aplicação produz novas fibras e melhora a firmeza da pele.

Gordura localizada – 37° a 38°

Manter esta temperatura para estimular a lipólise, ou seja, rompimento dos triglicérides em ácidos graxos livres e glicerol. E os resultados são animadores: diminuindo os adipócitos (células de gordura) do local.

• Dica 1: Ao gerar a lipólise é preciso haver o gasto da energia liberada através de atividade física ou aliando a outro tratamento com plataformas vibratórias e o uso de eletroestimulação muscular. É preciso também inibir a lipogênese por meio da quantidade e dos alimentos ingeridos. Dessa forma, o resultado do tratamento para gordura localizada será potencializado;

• Dica 2: A aplicação é indicada com intervalo de 15 a 30 dias, porém estudos recentes mostram a possibilidade de ser semanal desde que se controle o estresse oxidativo, que gera radicais livres. Uma das formas de controlar é com o LED, que estimula o colágeno e controla a inflamação.

Fibrose e cicatriz – Manter em 37°

A fibrose e a cicatriz são fibras misturadas e, por isso, precisam da temperatura para reorganizar as fibras e alcançar a normalidade do tecido biológico.

Nesse sentido, pode ser aplicada até mesmo uma vez por semana.

Celulite – Até 37°

Para tratar as temidas celulites fibróticas, a RF pode ser uma boa indicação, já que promove a vasodilatação para melhor troca metabólica e oxigenação.

Assim, reduz a quantidade de toxinas nas células e, consequentemente, o tamanho delas. Pode-se ainda aliar outras técnicas, como vacuoterapia, LED e laser de baixa potência.

Nesse sentido, é necessário ressaltar a importância de uma boa avaliação, pois a celulite inflamatória de forma alguma deve ser tratada com radiofrequência, correndo o risco de agravar o quadro de inflamação.

Qual a frequência indicada para tratamentos com RF?

Outro detalhe importante é a frequência a ser utilizada e, para isto, é necessário que o objetivo do seu tratamento esteja claro. Aqui, quanto mais alta a frequência, menor a profundidade, e vice-versa. As ondas podem alcançar desde a epiderme até as células musculares.

• 2.4 MHZ atinge a epiderme e derme – camadas superficiais para estímulo de colágeno;
• 1.2 MHZ atinge camadas intermediárias – para tratar pregas cutâneas menores;
• 0.6 MHZ atinge camadas mais profundas; com pregas maiores.

Tempo de aplicação da radiofrequência

O tempo pode variar de acordo com cada tratamento e existem inúmeras literaturas que divergem nas variações de tempo. No entanto, há duas possibilidades que podem auxiliar nesta decisão.

• Selecione uma área de 10x10 (100 cm²) e aplique 10 minutos dentro desta área depois de alcançada a temperatura desejada;

• Tempo por número de manopla. Aplique de 2 a 4 minutos por manopla.

Dicas para tratamentos com radiofrequência

Lembra que essa tecnologia trabalha com a agitação das moléculas? A onda eletromagnética da RF interage com a molécula da água; por isso, é de suma importância que você oriente sua cliente a consumir de 2 até 4 litros de água e manter a pele super hidratada.

Se não houver água no tecido, haverá demora no aumento da temperatura e dificuldade em sua manutenção, dificultando o alcance do aquecimento ideal para o tratamento.

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E aí, gostou desse post? Como você já deve saber, há ainda outras questões de alta importância relacionadas aos tratamentos com radiofrequência, incluindo a escolha das ponteiras utilizadas.

Se você tem dúvidas sobre qual escolher, não se preocupe! Nós fizemos um post no Instagram diferenciando cada tipo e suas especificações. Clique aqui para conferir!

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